Podia ser mais um episódio armada em drama queen e partilhar mais um dos mil problemas desta coisa da minha vida que é ser pequena. Mas nem tudo é mau, e felizmente, há coisas muito boas disto de não ter um tamanho convencional.
Mudei de trabalho recentemente e é hilariante como, mesmo passados três meses, ainda tenho colegas que ficam fascinados quando lhes confirmo a minha verdadeira altura (sim, os tais 1,47m).
Nisto de não ter uma altura muito normal, há coisas que se tornam muito práticas, consigo caber em qualquer lado, e principalmente, como não chego com os pés ao chão, acabo por trabalhar 90% das vezes de pernas cruzadas em cima da cadeira.
Em reuniões de trabalho acabo por me meter em qualquer lugarzinho, pois caibo em qualquer espaço (desde que dê para mim e para o meu portátil).
Ainda assim, a minha parte favorita são as viagens de trabalho onde me ofereço (quase) sempre para conduzir mas após uma boa gargalhada ouço sempre a clássica: “Deixa lá, o mais provável é não chegares aos pedais”. Portanto, acabo por ir bem mais descansada e confortável nos bancos de trás, sem ter de pegar em carros alugados e conduzir com as pontas dos pés (que já faço com o meu carro no dia a dia). Not complaining, e dou graças aos céus por ter colegas conscientes que não confiam as suas vidas e carrinhas infinitas nas minhas mãos.
Mas, o lado bom de ser mesmo muito pequena é que consigo passar despercebida quando preciso ou quero mesmo. Muitas vezes, não me vêem durante horas por trás do ecrã microscópico do meu computador, e isso é tão bom, porque consigo ficar concentrada e keep my head in the game.
Portanto, isto de ser pequenina faz com que seja muito discreta e que me safe de algumas coisas mas tudo tranquilo, that’s the way I like it.
Até ao próximo episódio!
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