Começamos a série #PerksNoVerão no Campismo. Nos feriados de junho, fui com as minhas amigas (uma delas a vossa conhecida Sofia) subir a Costa Vicentina e acampar mas, logicamente, a vida de campista não é nada fácil.
Tenho pinta de muita coisa, mas escuteira não é uma delas. Em pequena, a minha mãe ainda me tentou encaminhar para esta vida, mas quis o destino que tivesse uma vida sedentária longe de reconhecer cogumelos, fazer nós em cordas e qualquer noção desta vida.
No entanto, o ato de acampar estava na minha bucketlist, embora não aprecie N-A-D-A relacionada com ela, seja a falta de casas de banho, a ausência de camas ou a alimentação, já para não falar das aberrações de bichos que nos surjem e que até hoje não sabemos identificar.
Como podem imaginar, tudo nesta viagem foi uma novidade:
#1 TENDA
Nunca tinha montado uma tenda. Nunca tinha estado perto de uma tenda a sério, se não contarmos com as tendas infantis para pôr no quarto dos miúdos. Ter 4 mulheres a montar uma tenda foi divertido, mas temos uma boa dinâmica e, mesmo para uma newbie, conseguimos montar e desmontar a tenda algumas vezes sem dramas. Quer dizer, excepto quando havia vento, que foi sempre.
#2 CASAS DE BANHO
Estivemos em dois campismos diferentes, um em Odeceixe – Camping São Miguel – e um em Porto Covo – Vizir Camping. Sabendo o que sabemos hoje teríamos ficado mais tempo neste último. Incrível… Mas, o mais maravilhoso? Os dois sítios terem espaços óptimos para tomar banho e claro, as sanitas. Já expliquei que a vida de campista não é para mim, por isso, o mínimo que exigia era uma casa de banho. Não me desiludi, de todo, mas nada me tira o conforto e familiaridade da minha própria casa de banho.
#3 COMIDA
Em 4 dias comi mais atum, wraps, alface e tomate, do que nos últimos meses. Com direito a salsichas em lata, pão, bolachas e um certo desapego à comida caseira. Claro que a primeira coisa que fiz foi… comer decentemente, porque isto de acampar é muito giro mas não alimenta estes quilinhos.
#4 CARRO
Acho que nunca tinha passado tanto tempo num carro com as mesmas pessoas, mas também vos garanto que esta viagem deu para tudo! Cantar clássicos dos anos 90, inventar o twerk da cadeira (não perguntem…), ouvir reggaeton mau até à exaustão e chatear as pilotos que, às tantas, já ignoravam a equipa Perks porque, como seria de esperar, quando dava para a palhaçada não havia fim à vista.
Ouçam a playlist no Spotify.
#5 ISOLAMENTO
Se há coisa boa nestas coisas de acampar é o espírito aventureiro que surge automaticamente. Em conversa surgiu a ideia de visitarmos uma aldeia hippie. Não houve qualquer descrição, apenas que era uma aldeia hippie. Mas o que não previmos foram as duas horas sem comunicação, com um GPS inexistente a tentar não lixar um carro novo e descobrir a bendita aldeia sem sermos atacadas por cavalos ou cães. Acredito que cometemos algumas infrações à lei, mas… chegámos à aldeia hippie, o sítio mais zen que alguma vez conheci e uma das maiores comunidades auto-sustentáveis na Europa, ei-lo… o Tamera. Admito. Soube-nos lindamente estar isoladas umas horinhas, e aquilo é mesmo giro mas não me vêem por lá tão cedo. Eu preciso é de barulho, confusão e gente à volta.
#6 EXERCÍCIO
Visitámos tantas mas tantas praias que lhes perdi a conta, mas a grande conclusão que se retira desta viagem é a beleza infinita de Portugal. Logicamente acabámos a caminhar minutos infindáveis, comigo a bufar e arfar de desespero tal criança após uma tarde de praia. Mas caminhei, fotografei e meditei em locais belos, não podia pedir mais. Aliás, poder podia… Não ir até lá, mas suponho que o esforço tenha valido a pena.
Até ao próximo episódio!
Facebook | Instagram
Pat, a Fun Sized | Sofia, a Ilustradora