As casas desta sociedade estão, obviamente, desenvolvidas para as pessoas com estatura normal. O problema é que quando meu sítio preferido da casa, a cozinha, se torna numa verdadeira pista de obstáculos.
Nas casas normais os doces e bolachas estão naquela prateleira super alta, onde só é possível alcançar com a ajuda de um banco ou aquele escadote-amigo do IKEA. Também é frequente ter de pedir a alguém que me faça “pé de ladrão” só para chegar aos utensílios mais preciosos de uma cozinha, como a batedeira ou liquidificadora.
O pior? Quando pedem para tirar a loiça da máquina e guardar nos sítios certos? Não sei se é de propósito, mas sempre que me calha a tarefa, tenho a sensação que decidiram gozar comigo e utilizar as coisas mais improváveis e recônditas, levando a que eu salte cadeiras, suba balcões, ou seja, que faça parkour pela cozinha inteira só para guardar uma panela de fondue.
Ahhhhh… Estão a ver aquela loiça super sensível com 1000 anos e edição especial da Vista Alegre? O mais provável é que esteja junto ao teto, embrulhada em papel celofane, no topo da prateleira a quatro metros do chão e, por isso, totalmente fora do meu alcance físico, onde nem um escadote me ajuda a atingir metade da altura.
Os escadotes viram parede de escalada, as bancadas passam a ser verdadeiras muralhas e as cadeiras acabam por ser mais do que meros apoios traseiros, mas no fundo, acaba por haver um edge adicional para além da própria ideia de seguir os passos de uma receita.
Até ao próximo episódio!
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a minha vida na cozinha!
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Estamos juntas na luta! 🙂
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