É oficial – este espaço está lançado e disponível para o mundo; e, como seria de esperar, este segundo episódio vai falar dos problemas de pessoas extremamente pequenas (Incrível, não é?).
A vida dos pequenitos não é nada fácil… Tudo é feito a pensar em pessoas extraordinariamente altas (ok… tudo para nós é “extraordinariamente alto”), ao ponto de qualquer pessoa parecer mais alta que o maior edifício do mundo, o Burj Khalifa; que nos leva à ideia de que tudo o que nós, minions da vida real, fazemos se torna só e apenas parvo.
Pensando bem, se fossemos um cão eramos, provavelmente, uns Pugs ou, na gíria do fast-food, eramos os Happy Meal. É também por isso, que tudo o que parece “vulgar” para um ser humano de altura considerável se torna absurdamente colossal para uma pessoa de 1,47m – não fossemos as formiguinhas da sociedade humana, os pinipons para os bonecos ou mesmo o Smart para os carros.
Ora vejamos, uma prática que qualquer pessoa de uma sociedade consumista adora: ir às compras. Seja por que motivo for, todos o fazemos: para aliviar stress, por ser comprador compulsivo ou (imagine-se!) há quem vá às compras por necessidade – a verdade é que todos vamos e é algo que até fazemos com frequência.
O principal problema são os sacos, sim senhores, os raios dos sacos – de plástico, papel ou pano, não há nenhum saco que seja dignificado nas minhas mãos minúsculas. A forma como um mero saco de plástico se parece para uma pessoa de dimensões reduzidas é ridícula.
Queria fazer uma comparação aqui mas não estou a conseguir o gancho certo.
Um saco dito “normal” é, para nós, um saco gigante e isso implica ter de o arrastar pelo chão porque não há qualquer forma confortável ou exequível de o segurar de forma digna. É um facto – todos os sacos ficam ridículos nas mãos de uma pessoa minúscula – até aqueles sacos microscópicos quando compramos uns brincos numa Parfois ou um disco na Fnac, até esses são absurdos nas nossas mãos.
Sociedade, toda a ideia gira e engraçada de transportar um saco em condições decentes é uma luta inglória. Nós, pequenos, nunca vamos parecer cool com um saco nas mãos. É cientificamente impossível – e eu sou a prova disso.
Revisão: Mitchel Molinos